quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Resenha do livro no blog Sonho de Reflexão

Posted by Maribell On 13:44 No comments

Resenha do livro no blog Sonho de Reflexão, postado dia 05/12/2011

Este livro de 476 páginas é o primeiro romance brasileiro da autora que leio e surpreendi-me pela leitura que fluiu desde o princípio arrebatando-me com os amores, as paixões avassaladoras, as dores e os conflitos vividos pelos personagens. Fazia muito tempo que não lia algo assim, que me deixasse enlevada e inebriada por alguns dias. Nem queria esquecer essa história e seus protagonistas, mas deixemos de rodeios e vamos ao que interessa.

Um casal inglês, com três filhos, decide adotar um menino para fazer companhia a seu filho, mas o destino colocou em seu caminho Marina, uma garotinha natural de Londres, que deixou-os encantados com seu carisma e timidez. Aos 7 anos, perdeu os pais, que eram filhos de imigrantes brasileiros, em um acidente automobilístico e, como não tinha parentes, foi encaminhada a um orfanato, onde ficou por um ano antes de ser encontrada pelos Harrison. Depois do acidente com seus pais, só restou lembranças de uma infância feliz e amorosa.

Marina, que era cativante e, ao mesmo tempo, reservada, doce, sensível e insegura, teve sorte em ser adotada, porque quantas crianças vivem indefinidamente e não tem um lar.

Os irmãos Maggie, Catherine e Daniel, respectivamente de 14, 13 e 11 anos de idade, mal sabiam que, a partir daquele momento, suas vidas mudariam para sempre.


“Eles rodearam-me observando. Foi então que aconteceu. A partir daquele momento e para sempre, quando meus olhos se encontraram com os de Dan, fui atingida por um sentimento muito forte, e naquele instante, alguma coisa surgiu dentro de mim, e apesar da minha pouca idade, eu sabia que havia sido plantada a semente de algo especial e único, algo que no futuro eu chamaria de amor. Quando surgiu na escada e eu olhei em seus olhos, o mundo pareceu menor, porque ele se tornou o meu mundo, aquele menino bonito, que me olhava desconfiado, transformou-se no príncipe encantado dos meus sonhos infantis.”


Pág. 17

Desde então, tornam-se grandes amigos. Enquanto ela venerava o chão que ele pisava, ele vivia cheio de implicâncias, mas tinham uma relação fraternal. O tempo passou e usufruíram de uma vida confortável, porque seu pai era chefe de setor de contabilidade e sua mãe administradora hospitalar. Seus sentimentos por Dan não mudaram, só aumentaram gradativamente, mas procurava distrair-se fugindo daquela atração proibida, que era torturante, porque, às vezes, desmanchava-se tanto, que até esquecia que ele era seu irmão.


(...). Encaramo-nos, olhos nos olhos, e novamente senti aquela doce emoção que percebi quando nos vimos pela primeira vez, aquela mistura de suave espanto, misteriosa fascinação e magnetismo inexplicável. E, junto com essas emoções, vinha uma sensação de vergonha e culpa. Alguma coisa estava errada, não deveria desenvolver esses sentimentos. Não por ele. (...).


Pág. 26
Como se sabia quando finalmente havíamos encontrado o verdadeiro amor? Aquele que nos estava reservado desde a aurora dos tempos? Aquele que nos completava de tal forma que se tornava essencial como o ar que eu respirava, como o sangue que circulava em minhas veias, como o espírito que em mim habitava?


Pág. 186

Dan era lindo, charmoso, tranquilo, atrapalhado e inseguro em relação ao sexo oposto, carinhoso, superprotetor, romântico, sensível e inteligente, mas também abusado e extrovertido. Além disso, era inteligente, sensível, terno, talentoso, mas um pouco boêmio, como também covarde, ciumento, machista e antiquado. Apesar de calmo, tinha um temperamento explosivo quando se zangava.


(...), sentindo seu cheiro. Se eu era baunilha, ele era chocolate com pimenta, doce, forte, picante, tudo ao mesmo tempo.


Pág. 45

Desde o princípio, ela antipatizou mutuamente com Lance Brown, amigo de infância de Dan, que era lindo, charmoso, másculo, convencido, malicioso, piadista, irônico e libertino, pela fama de mulherengo e conquistador. Também era um perfeito idiota e babaca, que fazia as garotas suspirarem com seu estranho poder de atração e o usava sem piedade, o que tornava-o misterioso, atraente e irresistível aos seus olhos, inclusive aos de Shanti, amiga inseparável e confidente de Marina, mas percebi nas entrelinhas que isso era só fachada. No fundo é um solitário e usa e abusa do seu mecanismo de defesa, devido a um grande segredo do passado que carrega em seus ombros. Cafajeste, fugia de cobranças e compromissos como o diabo foge da cruz. Ele lembrou-me muito do Arthur, do romance Entre a Mente e o Coração, da autora Lycia Barros.

Já a indiana, Shanti Khan, cativava a todos com seu jeito alegre, descontraído e franco de ser. Com um humor sarcástico, era muito sagaz, vivaz, observadora por causa do seu sexto sentido e de sua sensibilidade incomum. Além disso, era fútil e materialista, mas muito culta (adorava os clássicos. E quem não adora?!) e, para piorar, tinha uma quedinha pelo inconveniente Lance, que sempre foi seu objeto de desejo.

Um dia, ela aconselha Marina, porque seu sentimento não correspondido começa a fazer-lhe mal.


- Gostar? Não! Eu o amo! Amo tanto que às vezes penso que vou enlouquecer! – revelei. – E garanto que o sentimento não tem nada de fraterno.


Pág. 71

- Eu o sinto mais reservado comigo. Ele sempre me tratou bem, nunca fez distinção entre mim e eles, mas não sei, tenho a impressão que às vezes ele me evita, como se algo em mim o incomodasse. Como se não conseguisse ficar completamente à vontade comigo.


Pág. 73

- (...). Você não pode continuar vivendo assim, sempre esperando, sempre suspirando pelos cantos, sempre fantasiando com ele. (...).


Pág. 82

Só restam duas alternativas, partir para o ataque ou esquecê-lo de vez, mas tem medo de lutar por esse amor, de ser rejeitada, porque tem consciência que, se isto acontecer, será um choque para seus pais, que jamais aceitariam a situação.

Eu amava o Dan, profundamente, desesperadamente, totalmente e tolamente. Sim, eu era uma tola por amá-lo tanto, há tanto tempo e sem a menor possibilidade de vê-lo concretizado, bastaria uma palavra dele para que jogasse tudo para o alto, daria qualquer coisa por um simples beijo, por uma simples carícia que demonstrasse claramente que eu significava algo mais para ele, que não fosse apenas a irmãzinha.

Pág. 121
Com o passar do tempo, o amor enraizado germina em seus corações, desafiando as regras impostas pela família e pela sociedade, dando vazão a um sentimento avassalador e obsessivo.

Eu necessitava dele como precisava do ar para respirar, ele era meu oxigênio, meu combustível para continuar prosseguindo, meu sol em dias nublados, garoa em dias quentes, e o que me mantinha aquecida em noites solitárias.

Pág. 277

Porém, uma previsão assustadora revela um futuro cheio de percalços e obstáculos. Eles estão preparados para enfrentar o que o destino reserva-lhes.


- Muito cedo de ti tudo foi retirado (...). Mas o Destino a recompensou logo depois, repondo aquilo que havia perdido.

- (...) lhe trouxe o amor verdadeiro. (...).

- Você agora vive os dias de glória do auge desse amor. (...), pois se aproxima a tempestade, vejo uma tormenta se formar no horizonte e depois dela virá a escuridão, tão densa que o sol deixou de existir. (...).


- Só o amor, a fé e a esperança poderão resgatá-la da escuridão, o destino lhe dará uma oportunidade de encontrar a saída, (...) se não estiver atenta poderá ser tarde demais e ficará perdida para sempre. Ouça seu coração, e o sol nascerá novamente!

Pág. 270

Quais serão as consequências de seus atos? Serão expulsos e sofrerão uma vida instável e repleta de privações? Em meio a tantos conflitos, tensões, segredos, viverão um amor avassalador no ninho que nem o tempo difícil e conturbadoramente doloroso pode apagar?

Só sei que este amor será capaz de transcender para sempre, mas, como obra do destino, acontece algo terrível, que só saberei o que acontecerá no próximo volume, que sairá no ano que vem. Isso mesmo, o livro será uma série. Segundo a autora me disse, o segundo está certo, porque saberemos o desfecho dessa história.

Vejam uma prévia do que vem por aí:


Um dos personagens enfrentará um grande desafio de reconquista, em meio aos conflitos gerados no final deste volume (não vou dizer qual, porque não quero soltar SPOILERS!). Aparecerão dois novos personagens, sendo que um, complicará ainda mais as coisas; e o outro, ajudará bastante. Lance e Shanti continuam tendo uma participação fortíssima na trama.

Ri em muitas cenas impagáveis e hilariantes com os dois, que são o humor do livro. Além de comédia, tem muito drama e, é claro, muitas cenas românticas para qualquer mortal suspirar.

- Você não sabe que só existe um castigo para a mulher que bate em um homem? – E, me puxando com violência de encontro a seu corpo, esmagou meus lábios com os dele.

Pág. 137

- Cruzes! Então, não foi um príncipe, e sim um vampiro! (...).


Pág. 156

Será que o amor falará mais alto e prevalecerá em todas as vicissitudes. Será que o sol voltará a brilhar em uma onda de escuridão que assola a família Harrison, especialmente os protagonistas? Só garanto que, apesar de rir, divertir, ficar enlevada e apaixonada ao longo da leitura, este momento foi angustiante, porque verti lágrimas de comoção e foi impossível conter a emoção. Vocês devem estar me perguntando: Mas angustiante, por quê? Fiquei angustiada com o destino dos personagens. Com certeza, você também ficará!

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